O Instagram é o casamento de uma ferramenta simples que alia a câmera
fotográfica do smartphone a uma série de presets de efeitos que ajudam a disfarçar
os problemas de qualidade das câmeras de celulares, dando uma aparência vintage
às fotos que são imediatamente compartilhadas numa rede social de fluxo rápido.
A ideia do aplicativo funciona muito bem quando trata dos usuários
compartilharem entre si, de forma rápida, imagens corriqueiras de seu dia a
dia. Acontece que com o sucesso e a união ao facebook, o Instagram passou a
desempenhar outra função. A função comercial hoje atribuída ao instagram pode
ser uma estratégia de marketing bem sucedida como em caso das parcerias de
empresas com o instamission, ou a proposta de incentivar os clientes da sua
empresa a clicarem e divulgarem a própria marca. Entretanto, há algumas
ressalvas sobre a qualidade do material produzido, que está longe de ser
fotografia profissional. O agravante é quando a própria marca passa a usar o
smartphone da mesma forma que o usuário comum, deixando de lado a
responsabilidade que ele tem com a apresentação da imagem do seu produto.
Um
exemplo do qual entendo muito bem é quando se trata de fotografia de alimentos.
Por exemplo, uma coisa é aquele seu amigo que quer mostrar para o mundo que
esteve no restaurante tal comendo um pratão de dar inveja a qualquer um, outra
coisa é um restaurante que quer vender a sua marca e precisa fazer o cliente
salivar para despertar sua vontade de ir até aquele estabelecimento. Fiz um
simples exemplo abaixo para vocês perceberem a diferença do que é uma imagem
produzida numa câmera fotográfica e no aparelho celular. A foto da esquerda foi
feita numa Nikon D5000 com a lente para macro 60mm e cortada no formato quadrado
para ficar semelhante ao formato usado pelo instagram. A foto a direita passou
pelo aplicativo Instagram do Iphone. Alimento tem que ter cor, textura, volume
e cuidado na apresentação. Agora me digam, quem quer comer um almoço vintage?
e ai? qual guacamole você comeria? |